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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sutra do Lótus - Pontos Principais

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Introdução

O Sutra do Lótus é um texto de grande importância não apenas religiosa, mas também literária, filosófica e histórica. Escrito no período que compreende os séculos I AEC e o I EC, contém uma espécie de explanação nuclear dos ensinamentos Budistas e ao mesmo tempo seu ápice. É um texto longo, a tradução em português tem mais de 600 páginas, dividido em 27 capítulos na versão em sânscrito e 28 na tradução chinesa do século IV EC.

As histórias relatadas nesses capítulos acontecem em um contexto de grandiosidade, descreve-se uma Assembleia repleta de seres míticos e milhões de discípulos ao redor do Buda, com pregações e acontecimentos, como os pré-anúncios de Iluminação, que duram “milhões de kalpas”. Os leitores ocidentais se prendem à estas passagens fantásticas e não conseguem ver no Sutra do Lótus nenhum conteúdo.
Porém, há neste Sutra uma mensagem clara, que gira em torno dos conceitos de Meios Hábeis e do Caminho Supremo (Ekayana) e também do Verdadeiro Voto de Bodhisattva.

O livro apresenta Buda de “duas maneiras”. Até o capítulo 14 enfatizando mais o Buda como humano, porém, a partir de então, Buda se descreve como algo além do humano, cuja vida transcende a história de seus 80 anos. Buda e seu Nirvana são interpretados de forma distinta da tradição Hinayana - como meios hábeis - para que outros, que estão presos ao ciclo de nascimentos e mortes (samsara), também adentrem ao Nirvana.

Desenvolvimento

Vou agora dar uma breve ideia de como o Sutra se desenvolve, resumindo as parábolas e ensinamentos principais e tentando explicá-los de uma maneira objetiva:

Primeira parte

Primeiramente é apresentada a Grandiosa Assembleia, explicando-se a razão de sua existência, que nada mais é do que ensinar a extinção do sofrimento aos que se iludem e que estão presos ao ciclo do samsara e a necessidade de que estes sigam a vida virtuosa para benefício dos seres. O significado do nome Maitreya, “Buda do futuro”, é explicado, este representa todos os Budas que viriam a existir em períodos subsequentes até o nosso tempo, simbolizando a continuidade da Tradição.

Em seguida o conceito de Meios Hábeis, que será ratificado diversas vezes no decorrer do livro é exposto. O intuito dos meios hábeis é o de mostrar que não há Três Veículos, mas um só e que, inclusive, os Tathagatas do passado, da mesma maneira pregavam a existência de um único Veículo. Em suma, os Tathagatas costumam se apoiar em ensinamentos provisórios para que o Ensinamento Essencial seja compreendido, senão no mesmo instante, posteriormente. Os ensinamentos provisórios são como pontes que levam as pessoas à um conhecimento superior. Em certas épocas, os Budas se vêm obrigados a aplicar certos métodos para ensinar a Doutrina, devido à decadência moral, espiritual e intelectual da maioria, inclusive, daqueles que se consideram religiosos e “iluminados”. Poucos são os que não estão contaminados pelos prazeres dos sentidos, pelo orgulho e a hipocrisia e estão preparados para ouvir diretamente a pregação do Veículo Único.
Buda vai ratificar este conceito através de parábolas ao longo do Sutra. Como por exemplo, a Parábola dos meninos salvos do incêndio pelo pai, a parábola do pai rico e do filho pobre, a analogia com as Ervas que recebem água das nuvens, a parábola dos viajantes cansados, a parábola da Joia, entre outras. Na parábola das chamas, o Pai, que representa Buda, percebe que se falasse a Verdade nua e crua aos meninos, estes, a princípio, não entenderiam e não sairiam da casa em chamas, pois estavam distraídos como seus brinquedos ali dentro. No entanto, Buda utiliza-se dos meios hábeis (dizendo que havia melhores brinquedos fora da casa) para atrair a atenção e num segundo momento lhes conta a Verdade. As chamas representam o sofrimento, os brinquedos que distraiam as crianças, as ilusões e a casa caindo, a sociedade degenerada e assombrada por Mara.

Não vos regozijeis nos Três Mundos, semelhantes a uma casa incendiada, com as formas, os sons, os odores, os sabores, os contatos, de tão escasso valor. Regozijando-vos nestes Três Mundos, estais ardendo, sois atormentados, sois torturados pela sede do desejo pelos cinco tipos de objetos dos prazeres sensuais. Escapai desses Três Mundos! Conseguireis os Três Veículos: O Veículos do Sharavakas, o Veículo dos Pratyekabuddhas e o Veículo dos Bodhisattvas! […] aplicai-vos neles para encontrar a saída dos três mundos […] com eles vós brincareis, gozareis e vos divertireis imensamente. Com as Faculdades e Poderes, com os Elementos constitutivos da Iluminação, com as Meditações, as Liberações, as Concentrações da Mente, [assim] estareis dotados de grande felicidade e alegria”.
página 155 – K79

Na parábola do pai rico e do filho pobre, o pai, um homem poderoso e que vivia em uma grande e luxuosa casa, reconhece seu filho em meio à miséria, mas o filho não reconhece o pai. Então, para não chocar o filho, aos poucos o pai vai se revelando, dando responsabilidades cada vez maiores ao rapaz e o testando dentro da mansão, até que um dia, percebendo que seu filho era digno, conta-lhe toda a verdade e lhe deixa toda a herança.

No capítulo das Ervas, Buda diz que o Dharma é como a água, igual para todos, porém absorvida diferentemente pelos diversos tipos de vegetais. Na parábola dos viajantes, o líder da viagem chega a um destino provisório dizendo que já estavam no final, com o intuito de animar seus seguidores que já demonstravam cansaço. No entanto, depois que estes descansaram e comeram, a verdade foi dita, de que haveria um lugar ainda mais sublime à diante.

Na parábola da Joia, um homem vê seu amigo miserável nas ruas e para lhe ajudar borda uma joia de extremo valor nas vestes deste enquanto dormia. Este mendigo, ao acordar não percebe o presente e continua a mendigar, se contentando com os restos que lhe eram dados; mal sabia ele que se simplesmente prestasse a atenção em si mesmo, perceberia que era rico. Na explicação da parábola, os restos são os ensinamentos provisórios, enquanto a joia é o Veículo Único, a própria natureza de Buda, que o Sutra começa a detalhar melhor a partir do capítulo 14.

Há ainda mais uma parábola que achei muito interessante, que é a a parábola do cego de nascença. Um dia, um médico, que acreditava que a origem de todas as enfermidades está relacionada com o ar, a bílis e a fleuma; movido de compaixão, decidiu curar um cego com as quatro ervas do Himalaia, a saber: “A que possui as possibilidades de toda cor e sabor”, “A que livra de toda e enfermidade”, “A que destrói todo veneno” e “A que outorga a felicidade”. Com estas plantas, o médico curou o deficiente visual através de alguns procedimentos “cirúrgicos” e também misturando compostos destas ervas na comida e na bebida do enfermo. O homem curado, conseguindo ver as cores, as estrelas, a lua e as demais coisas, lamentou-se não ter crido na existência destas antes. Entretanto, uma vez enxergando, começou a jactar-se, julgando-se superior aos outros.
Então, alguns Rishis, que eram peritos na realização da visão divina, audição divina, leitura da mente e outros poderes “mágicos”, ao verem o homem vangloriar-se, o censuraram, dizendo que este apenas tinha recobrado a visão, mas que não atingira ainda a sabedoria (que é uma visão muita mais ampla do que visão natural).
O homem aceita a persuasão e pergunta qual é o meio de se alcançar a sabedoria; os Rishis o aconselham a procurar a vida ascética e a meditar no Dharma, abandonando todos os desejos pelos prazeres do mundo. Assim aquele homem procedeu e alcançando as Cinco faculdades Extraordinárias, pensou:

Devido aquele karman que eu havia acumulado nenhum atributo havia sido alcançado por mim. Eu agora vou para onde eu queira e antes eu era um homem de escassa inteligência, escassa experiência, eu era um cego”
página 214 - K135

O cego de nascença representa os seres presos no Samsara, ignorantes e desconhecedores do Dharma, que sofrem por decorrência de suas próprias ações (samskaras). Segundo as palavras do próprio texto: “[...] o grande médico representa o Tathagata […] o ar, a bílis e a fleuma representam a paixão, o ódio e o erro […]. As quatro ervas representam a Vacuidade, o Estado isento de causas, o Estado isento de finalidade e o acesso ao Nirvana.” Os Rishis são os Bodhisattvas que desejam que os seres desenvolvam a Mente de Iluminação.

Com as ervas os seres fazem cessar a ignorância (Teoria dos Doze Membros do Surgimento Condicionado) e com isso deixam de produzir samskaras. O cego que recobra a visão, representa o veículo dos Shravakas e dos Pratyekabuddhas; liberto da ignorância primeira, acredita já estar no Nirvana e não precisar mais avançar espiritualmente.

No decorrer do Sutra há outros contos e parábolas que objetivam ilustrar a definição de Meios Hábeis. Desta forma, fica evidente que os Veículos Provisórios são apenas uma primeira etapa, servem para a libertação do apego pelo entendimento das Quatro Nobres Verdades. Contudo, há ainda um outro degrau a subir, que é a Suprema Iluminação (Veículo Único, denominado Ekayana). Para este fim, o Bhagavant aponta a necessidade de se aprofundar ainda mais nos Ensinamentos, a fim de que a realidade em sua Essência Vazia seja percebida como uma miragem e com a onisciência seja possível enxergar, além das carências próprias, as inclinações e dificuldades dos seres, com o objetivo de ajudá-los. Aquele em quem a mente de Iluminação surgiu (isto é, um Bodhisattva), em razão de sua sabedoria já não está no samsara e, em razão de sua compaixão o que o leva a ajudar os outros seres, tampouco está no Nirvana. Enfim, há ainda algo mais sublime do que os Veículos Inferiores, ou seja, o Sutra do Lótus está a pregar sobre um “objetivo” além da “Cessação do Sofrimento” (que é a meta última do Budismo Hinayana, mas que neste Sutra é apresentado somente como um Meio Hábil).

E, para atestar essa pregação superior do Sutra do Lótus em relação aos demais, surge em meio à Assembleia uma Stupa adornada com pedras preciosas e bandeiras e com o Buda mítico Prabhūtaratna dentro dela. Nesse momento Shakyamuni reúne todos os mundos em um só e recebe a aprovação deste Buda mítico, angariando milhões de novos Bodhisattvas. O evento tenta passar a ideia de uma Verdade Universal, que abrange a todos e como novos Tathagatas surgem quando percebem esta Verdade.

O Sutra também destaca como deve ser o proceder do Bodhisattva que domina os Meios Hábeis, este deve reunir as seguintes características: benevolência, paciência, suavidade, compreensão da Vacuidade, mente não deprimida, dedicação aos estudos, eloquência, Sabedoria e resistência às críticas. Para seguir a carreira do Bodhisattva é preciso renunciar à própria vida, ser leal e agradecido ao Buda e ao Dharma. O discípulo que assim procede “recebe do Buda” todo o suporte para que sua Sangha prospere.

Segunda Parte

Até aqui falamos da primeira parte, digamos assim, do Sutra. A segunda diz respeito ao Buda mostrando-se como “algo” além daquela forma física chamada Shakyamuni, mas como a Budeidade em si mesma. Shakyamuni responde seus discípulos que, confusos, questionavam certas afirmações que apontavam para a eternidade do Tathagata, pois este afirmava ter se iluminado há muitos milhões de Períodos Cósmicos. Obviamente, Shakyamuni não está falando do seu Corpo Manifesto, mas sim da própria Natureza de Buda que o permeia, a Verdade, que é absoluta e imutável. Buda diz que ao mesmo tempo em que ingressou, também não ingressou no Nirvana, referindo-se ao Corpo da Manifestação (Nirmakaya) e ao Dharmakāya, respectivamente. Buda deseja que os seres não se tornem dependentes dele como homem, mas sim que despertem a Mente Iluminada e tenham o “Tathagata dentro de si”. Esta é a “revelação” do próprio Veículo Único. Para ilustrar estas explicações, O Iluminado recorre à história de Sadaparibhuta, o sempre menosprezado e à parábola do médico que utilizando-se de um estratagema, liberou todos os seus filhos da enfermidade.

Sadaparibhuta era um homem que dizia aos Sharavakas e aos Pratyekabuddhas que eles iriam se Iluminar, isso os irritava profundamente, pois estes já acreditavam ser “iluminados”. Sadaparibhuta é o próprio Shakyamuni numa existência anterior, antes de atingir a Suprema e Perfeita Iluminação e se tornar um Tathagata.

Na parábola do médico, os filhos enfermos não tomavam o remédio porque acreditavam que a simples presença do pai as salvaria. Então, este médico desaparece e faz com que seus filhos pensem que ele morrera, assim, seus descendentes desesperados tomam o medicamento e se curam. Esta passagem é dita para enfatizar que o Nirvana do Buda ocorreu e não ocorreu ao mesmo tempo. Ocorreu no sentido de que o Buda manifesto morreu; não ocorreu porque a Budeidade, que é o próprio Tathagata, estará sempre permeando os seres, sendo o verdadeiro remédio.

Na sequência, o texto diz que acreditar no Sutra do Lótus, compreendendo a “Duração (eterna) da Vida do Tathagata”, é superior a qualquer outra prática Budista. Isso não significa de modo algum que aquele que “tem fé no Sutra do Lótus” esteja isento de ter que praticar a moralidade Budista, a exemplo das Cinco Perfeições. O texto está dizendo que quando o Ensinamento encontra-se assimilado intelectualmente, há uma mudança de paradigma na forma com que a realidade é percebida, as Perfeições continuam sendo manifestas, porém não são executadas como em outrora (como pelo Budismo Hinayana ou Mahayana menor), mas como decorrência de uma experiência Espiritual transcendente. Ou seja, é a ideia de se “incorporar” o Sutra, ao invés de considerar as palavras do Buda como meras regras que são impostas dogmaticamente do exterior para o interior do homem.

Nos capítulos finais o Sutra continua com parábolas, ensinamentos e pré-anúncios dentro do contexto dessa Verdade Única, da vida virtuosa e da necessidade de se dominar os Meios Hábeis por compaixão aos seres. Apresenta vários Bodhisattvas que simbolizam virtudes, a exemplo de Avalokiteshvara que liberta os seres da paixão, do ódio e do erro; e do Bodhisattva Gadgadasvara que é mestre nos Meios Hábeis.

O texto termina enfatizando que a verdadeira transmissão da Tradição Budista, não é algo mágico ou revelado divinamente, mas sim fruto de um esforço contínuo em se manter a Doutrina incorruptível e acessível aos seres, livre da degenerescência e do relativismo dos valores mundanos.

Assim serão os Bhikshus que conservarem em sua memória o Sutra: a paixão não os dominará nem o ódio nem o erro, nem a inveja nem o egoísmo e a hipocrisia nem o orgulho nem a soberba nem a arrogância. E estes Pregadores do Dharma […] estarão contentes com o que têm. Aquele que […] na época final, no período final, quando ocorrerem os quinhentos últimos anos [tempo da degenerescência], vir um Bhikshu que conservar em sua memória esta Exposição da Doutrina, O Lótus da Verdadeira Doutrina, deverá pensar assim: 'Este filho de família irá para o Trono da Iluminação, este filho de família vencerá a Roda de Depravação da Mara, ele colocará em movimento a Roda da Lei, ele fará ressoar o Tambor do Dharma, ele soprará a Trombeta do Dharma, ele fará chover a Chuva do Dharma, ele emitirá o Rugido do Leão'. Aqueles Bhikshus quem na época final, no período final, quando ocorrerem os quinhentos últimos anos, conservarem em sua memória esta Exposição da Doutrina, não serão cobiçosos, não estarão ávidos de mantos nem ávidos de tigelas para a esmola. E esses Pregadores do Dharma serão honestos; esses Pregadores do Dharma obterão as Três Liberações. E sua presente condição mundana desaparecerá para eles em seu estado futuro.”
Página 564 – K481 e K482

Conclusão

As duas partes do Sutra são diretamente relacionadas, a primeira explica como se deve falar a Verdade através dos Meios Hábeis. A segunda fala o que é a própria Verdade: algo que deve ser percebido interiormente e intelectualmente, é a percepção da própria natureza de Buda e a vida de acordo com ela (uma vida de real espiritualidade), não por imposição ou dogmatismo, mas por entendimento e compaixão; enfim, é o próprio “Tathagata dentro de si”.
O Sutra fala de uma Verdade imutável, universal; que transcende vãs filosofias, religiões institucionalizadas e até mesmo a tradição Hinayana ou Mahayana. O Veículo Único, o Ekayana, é esta Verdade que aponta para a realidade última, insubstancial, impermanente e permeada de sofrimento. Esta Verdade deve ser difundida pelos Bodhisattvas aos seres, a fim de que estes abandonem suas ilusões, minimizem o sofrimento tanto a si e quanto aos demais e adentrem o caminho da Nobreza Espiritual rumo à Suprema e Perfeita Iluminação (visualização da realidade sem ilusões). A Pregação deve ser realizada de acordo com a pessoa que a recebe, levando-se em conta suas potencialidades e limitações, o que o Sutra chama de Meios Hábeis ou Habilidade nos Métodos e somente os grandes Bodhisattvas, senhores de si mesmos, dominam esta “técnica”.
O “Lótus da Verdadeira Lei” procura enfatizar a vida virtuosa que o fiel discípulo deve seguir e a missão em se resgatar os seres através dos Meios Hábeis. Os Budas são venerados basicamente por isso: por sobrepujarem Mara e os cinco sentidos, por manterem-se inabaláveis diante de um mundo cada vez mais imoral (Mappō) e por demonstrarem profunda compaixão para com todos. O Sutra ainda exalta a superioridade de sua própria mensagem em relação aos discursos provisórios anteriores, convidando Shravakas e Pratyekabuddhas a aperfeiçoarem-se e ingressarem na Carreira dos Bodhisattvas.

Leia o Resumo Capítulo por Capítulo aqui

Bibliografia:

  • Sutra do Lótus da Verdadeira Doutrina. Tradução Fernando Tola e Carmen Dragonetti, São Paulo: Editora Promordia, 2006. 623 p.
  • Yoshinori, Takeuchi. Espiritualidade Budista I, A Índia, Sudeste Asiático, Tibete e China. Tradução Maria Clara Cescato. São Paulo: Editora Perspectiva, 2006. 506 p.
  • Eminentíssimo Reverendíssimo Arcebispo Presidente da THIRB, Arya Dharmananda Mahacarya (André Otávio Assis Muniz KGK). Budismo Aristocráticohttp://chakubuku-aryasattva.blogspot.com. Acessado em 20/07/2015.
  • sramanera Dharmamanayu (Sandro Vasconcelos) e Upasaka Pundarikakarna (Marcelo Prati). Blog Roda da Leihttp://rodadalei.blogspot.com. Acessado em 18/07/2015.

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