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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

As Três Saídas

Há 3 modos de se perceber a realidade, mas somente um deles é verdadeiro. Primeiro é o caminho de se crer em um deus, o segundo o da ciência e o terceiro, o verdadeiro, de que não há substância a não ser o vazio.


O caminho mais ingênuo é o da ciência que busca um terreno firme mas nunca o encontra, vive fazendo porquês, porém nunca chega a uma conclusão certa. Acredita poder alcançar a verdade, fustigando um "objeto sob análise", como ao retirar camadas de uma cebola em busca do mais fundamental dentro dela, mas sem sucesso, pois desse procedimento só se geram mais e mais perguntas, como estas: o que há dentro do núcleo do átomo? O que há depois do universo? O que houve antes do Big Bang?

O caminho da religião oferece uma "terra firme", mas ainda está apegada ao falso conceito de substância, deus seria a substância mor, portanto a explicação e a razão da existência. Essa visão erra, pois crê que há uma relação sujeito-objeto, distanciando-se da ideia de totalidade, da ideia de "uno".

Já a verdadeira saída é o total desapego do conceito de substância, ou seja, o enxergar da realidade como insubstancial. Ver o que está "na cara", ao invés de se procurar portos seguros, seja este o conhecimento científico ou a fé cega de entregar-se nas mãos de um suposto ser infinito, eterno e acolhedor. Seria o desapego do conceito de segurança e de eternalismo, ao perceber e aceitar a realidade como dinâmica e impermanente, onde tudo se agrega e desagrega diante de nossos olhos, formando "formas" provisórias, as quais, diferentemente do que pensa nossa ingenua consciência, não têm substância.

Post inspirado no tema discutido na aula de Filosofia Antiga de 09/10/2013, a respeito do filósofos Platão e Heráclito.

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