Obviamente, uma planta não existe marcada por uma finalidade aos seres humanos ou a qualquer outro animal, ou seja, sua real essência é a de viver, ela "não gostaria" que seu ciclo de vida fosse interrompido, assim a planta persiste, como qualquer outro ser, em existir.
Os animais encontram nos vegetais uma forma (meio) de sobrevivência, para isso interrompem a vida deles, assim como os carnívoros interrompem a vida de outros seres também. Justificamos, assim, suas ações para que também possam persistir em viver.
Os vegetarianos preferem interromper a vida de seres não sencientes, porque, são humanos, e como humanos que refletem (e infelizmente são poucos), atingiram um grau ético mais alto, procurando um caminho de menor sofrimento possível para sobreviver.
Bem, disse tudo isso para advogar que em todos estes casos, há uma justificativa plausível para as interrupções, são leis naturais de competição entre os seres.
Contudo, não vejo uma razão forte o suficiente para que interrompamos o ciclo de vida de uma criança inocente, cometendo o aborto (desconsiderando os casos em que a vida da mãe está em risco). Aquela vida pode ainda não ter a senciência em sua plenitude, mas potencialmente é uma vida em processo, também participa de um perseverar diário natural de sobrevivência que está contido em todos. Questiono muito, se temos ou não o direito de interferir nesse processo. Tudo bem, o corpo pertence à mulher, porém, o outro organismo que ali está, em estágio dependente naquele momento, pode ser eticamente comparado a de uma "propriedade" da mãe?
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