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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Estar no mundo


Filósofo alemão Martin Heidegger

Martin Heidegger, incomodado com a estranheza de estarmos vivos e das coisas existirem ao invés do nada, elaborou o conceito de estar-no-mundo. Segundo ele, este conceito é permeado por uma "tendência" à angústia que nos induz a "fugir" e a apegar-nos a certas coisas deste mundo, na tentativa desesperada de encontrar estabilidade e segurança.

No entender de Heidegger, estar-no-mundo significa pertencer à trama inextricável dessa realidade fluida, indivisível e contingente da qual todos fazemos parte. É uma condição precária: ele descreve, em detalhe, como a vida humana é um perpétuo "avançar-para-a-morte". A morte não é um acontecimento entre outros, algo que sobrevirá algum dia como tudo o mais, e sim uma possibilidade onipresente dentro de nós.

Apesar do seu modo de vida questionável, as ideias desse filósofo eram profundas e confirmavam os ensinamentos budistas de apego e impermanência, rompendo com o pensamento platônico de atman (imortalidade da alma). Para ele era necessário recomeçar a discussão sobre a existência, assumindo uma nova maneira de pensar a que chamou de besinnliches Denken: reflexão contemplativa.

Fontes: Livro "Confissões de um Ateu Budista", Wikipedia, http://www.dicta.com.br/

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