O paradoxo da felicidade

Procuramos ser felizes na satisfação dos nossos desejos e projetos (realizações). Disso surge o apego e com ele as expectativas e com as expectativas, as frustrações.

Desapegar-se é apostar cada vez menos nestas propostas ilusórias de felicidade e estar satisfeito consigo mesmo, ou seja, estar contente pelo o que se é, não pelo que se faz, nem pelo que se tem.

Esperar por dias melhores baseado em bens, relacionamentos e projetos de vida é fundamentar-se no ego. A partir do momento em que nos desapegamos, não pensamos em felicidade própria e sim no bem estar do próximo, ou seja, no coletivo (porque não mais nos enxergamos apenas como indivíduos e sim como participantes de um grande sistema).

Enfim, é preciso descentralizar o eu para que percebamos a realidade. Eis o paradoxo: só encontramos a felicidade quando a esquecemos.