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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Sutra do Lótus - Resumo capítulo por capítulo - Cap 17 ao 21


Capítulo 17 – Exposição do Mérito Derivado da Aprovação

Buda reitera o capítulo anterior sobre os méritos acumulados por aquele que ouve e prega o Sutra do Lótus. Conta uma parábola de um rei muito generoso que vivia para beneficiar todos os seres de seu reino e que, portanto, obtinha muitos méritos. Entretanto, compara este monarca com alguém que guardou um único verso do Sutra do Lótus, afirmando que este é superior àquele. Quem acata o Sutra do Lótus é beneficiado com a Sabedoria e Conduta irrepreensível; mais uma vez o tom dessa mensagem exprime a ideia de se “incorporar” o Sutra, ao invés de considerar as palavras do Buda como meras regras que são impostas dogmaticamente do exterior para o interior do homem.

Capítulo 18 – Benefícios Obtidos pelo Pregador do Dharma

O capítulo continua a enumerar os benefícios adquiridos pelo pregador do Sutra. Fala sobre uma sensibilidade maior dos órgãos dos sentidos, adquirido pelo Bodhisattva através de sua disciplina. A visão torna-se capaz de perceber melhor as conexões karmicas (relação entre causa e efeito). A audição é aperfeiçoada, aumentando-se o poder de compreensão, assim, como o olfato que começa a distinguir melhor o perfume da podridão. Ao mesmo tempo em que o paladar também se ajusta, transformando sabores amargos em doces, a sensibilidade do tato faz com que o Bodhisattva sinta seu próprio corpo como um corpo de um Tathagata. Enfim, a mente também se beneficia, mantém-se melhor concentrada, aprende a utilizar-se dos Meios hábeis para propagar a Doutrina e interpreta o Dharma com maior facilidade e clareza.

Capítulo 19 – Sadaparibhuta, o sempre menosprezado

Houve, certa vez, em meio a uma época de degeneração do Dharma, um monge Bodhisattva chamado Sadaparibhuta, “Sempre Menosprezado”, que aderiu ao ensinamento Mahayana e expressava que tanto monges, monjas, leigos e leigas já estavam, mesmo sem o saber, praticando a carreira do Bodhisattva e que todos alcançariam a Perfeita Iluminação, que é a meta do Mahayana. Os Budistas que pertenciam ao Hinayana se encolerizavam com ele e o desprezavam, pois suas crenças eram diferentes. Porém, ao final de sua vida, este monge ouve a pregação do Lótus, adquire a pureza dos sentidos (capítulo 18) fazendo com que os Budistas que o desprezavam se convertessem ao Mahayana e adentrassem na Grande Assembleia dos Bodhisattvas. Este monge era o próprio Shakyamuni em um renascimento anterior, que alcançou a Iluminação graças ao entendimento do Sutra do Lótus.

Capítulo 20 – A Realização do Poder Extraordinário do Tathagata

Parte 1 – O Voto dos Bodhisattvas

Aqueles Bodhisattvas que emergiram das concavidades da Terra (capítulo 14) comprometem-se em memorizar e ensinar o Dharma para o bem dos seres. Da mesma maneira, outros na Assembleia fazem este voto, comportamento que recebe a aprovação do Buda.

Parte 2 – O milagre da Língua

Então, o Bhagavant Shakyamuni e Prabhūtaratna, assentados no Trono no meio da Stupa descrita no capítulo 11, abriram suas bocas e deixaram sair suas línguas e por suas línguas incontáveis Bodhisattvas surgiram, todos dourados e dotados das Trinta e Duas marcas dos Grandes Homens. Após recolherem as línguas, os Bhagavants fizeram sons pela garganta e estalaram os dedos, fazendo com que todos os Mundo de Budas tremessem. Com o tremor, todas as Assembleias de  todos os mundos prestaram homenagens aos Tathagatas e puderam enxergar com clareza o mundo Saha. A língua nessa passagem deve ser entendida como um símbolo que representa a grande eloquência dos Budas que lhes permite fazer chegar a Doutrina a todos os seres. Assim como a língua se estende por todos os universos, assim também se estende o Dharma.

Parte 3 – Exaltação ao Sutra do Lótus

Esta parte descreve homenagens que os Bhagavants e o Sutra do Lótus recebem dos seres presentes diante da Stupa. Shakyamuni repete mais uma vez os benefícios de se ouvir e ensinar o Sutra do Lótus, complementando que em qualquer lugar onde este Sutra for ensinado, um monumento em homenagem e honra ao Tathagata deve ser construído; este monumento deve ser considerado como o próprio Trono da Iluminação de todos os Budas, como o local onde a Roda da Lei foi colocada em movimento por todos os Tathagatas.

Capítulo 21 – As Dharanis

Neste capítulo Dharanis e Mantras são dados por Bhaishajyaraja, Pradanashura e pelos reis Vaishravana e Virudhaka a fim de se levar proteção aos Pregadores do Dharma. Estes Dharanis e Mantras não são fórmulas mágicas, mas frases que quando repetidas e meditadas mantém a mente do pregador resoluta, firme; facilitam insights e fortalecem os discípulos contra os demônios, mantendo-os na vivência do Dharma. Aqueles que atacam os pregadores do Sutra são punidos com destinos infelizes, não por alguma ação mística, mas por consequência do próprio karma negativo que produziram.

Leia os capítulos anteriores

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