Ainda há quem pense que o maior sofrimento existente é o físico. Tanto é que as interpretações de como é o inferno geralmente abordam cenários de fogo e demônios com garfos, enquanto vermes roem a carne dos condenados.
Muitos dizem que o hades é aqui, com bons argumentos para a afirmação: fome, miséria, doença, entre outros males. Quando numa perspectiva mais profunda, analisam as desilusões, indiferenças, maquiavelismos etc. Outros conseguem crer que quando morremos, antes do inferno ou céu, as almas são dirigidas para uma sala de espera ou purgatório. Estes visualizam chamas, diabo e um grande julgamento com um deus juiz.
De fato, o inferno realmente ocorre aqui, não é um local e sim um estado espiritual. A ardência metafórica simboliza a dor de quem está perdido, sem entender o que se passa ao redor e agarrado a valores efêmeros. O inferno é sentir-se desnorteado, confuso, solitário e iludido por sofismas; é enxergar a realidade distorcida, sem discernimento.
Para sair deste estado de ignorância, faz-se necessário crer no Dharma; ensinamento capaz de substituir a dor dos atormentados pela paz. Vivenciar os preceitos do Dharma é a Terra Pura de Buda: uma fé não cega, reveladora do verdadeiro significado da vida.
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